A infecção do trato urinário (ITU) é um problema muito comum e seus tipos variam conforme o local mais afetado. Ela pode ocorrer em ambos os sexos e em qualquer idade, mas é prevalente em mulheres em idade fértil. Na maioria dos casos, há manifestação de alterações urinárias e dores.
Neste artigo, mostramos as causas, sintomas e tipos de ITU. Além disso, explicamos porque é importante buscar ajuda médica especializada e como é o diagnóstico e o tratamento. Confira!
Quais são as causas da infecção do trato urinário?
A infecção do trato urinário é provocada pela entrada de bactérias no sistema urinário, o qual é composto pela uretra, bexiga, ureteres e rins. Uma vez no organismo, essas bactérias começam a se multiplicar, formando colônias que comprometem o funcionamento dos órgãos acometidos, provocando, muitas vezes, diversos sintomas.
Mas, como ocorre o referido contágio? Geralmente, devido à falta de higiene, que faz com que microrganismos presentes no fim do trato gastrointestinal (reto e ânus) alcancem a região genital.
Entre os fatores de risco para a contaminação, destaca-se o uso de roupas íntimas sintéticas e/ou muito apertadas. Isso porque, elas dificultam a transpiração da pele da região e fazendo-a suar excessivamente — o que deixa o ambiente úmido, ideal para a multiplicação de bactérias.
Além disso, a ocorrência da infecção do trato urinário está relacionada à baixa ingestão de água. Vale lembrar que a urina serve para eliminar não apenas toxinas, mas também diversos microrganismos. Por isso, seu volume deve ser adequado.
No caso dos homens, especificamente, o problema pode estar ligado à hiperplasia prostática benigna (HPB). Essa condição, caracterizada pelo aumento da próstata, faz com que a uretra seja comprimida, dificultando a eliminação da urina. Dessa maneira, o risco de acumular bactérias no trato urinário aumenta.
Quais são os tipos de ITU?
Existem três tipos de infecções do trato urinário, os quais variam conforme o local mais afetado. São eles:
- uretrite (inflamação da uretra),quando as bactérias continuam concentradas na região (mais próxima da parte externa);
- cistite, quando as bactérias subiram e alcançaram a bexiga;
- pielonefrite, quando as bactérias alcançaram todo o sistema urinário, incluindo os ureteres e os rins.
Vale destacar que a ITU é descrita como baixa quando se limita a uretra, bexiga, ureter ou próstata e anexos masculinos. Quando atinge os rins, a ITU é definida como alta.
Nas mulheres em idade reprodutiva, considera-se a ocorrência de até duas ITU baixas por ano como normal. Já no caso dos homens, qualquer ITU é considerada complicada.
Como são os sintomas da doença?
Os sintomas variam de acordo com o tipo de infecção do trato urinário. Na uretrite, por exemplo, ocorre dificuldade de urinar e, no caso dos homens, também de ejacular. Já na cistite, pode-se apresentar desconforto (dor e/ou ardência) para urinar ou, até mesmo, incontinência urinária.
Na pielonefrite, por sua vez, surgem dores pélvicas intensas. Muitas vezes, o sintoma ocorre de forma irradiada e com pontadas, principalmente, ao se movimentar.
A febre é um sintoma que pode estar presente em todos os tipos de ITU. Ela se manifesta em decorrência da tentativa do sistema imunológico combater o quadro infeccioso. Outro sintoma comum é a mudança na cor da urina. Essa pode ficar mais escura ou, até mesmo, conter a presença de sangue (hematúria).
Quando buscar ajuda especializada?
Deve-se buscar ajuda médica sempre que houver suspeita de infecção do trato urinário ou quadros recorrentes. Para diagnosticar a doença, o urologista realiza uma anamnese aprofundada e solicita exames laboratoriais (urina e sangue) e, por vezes, de imagem.
A partir do resultado dos exames, pode-se identificar o sorotipo de bactéria que está provocando a infecção, o grau (complicada ou não) de acometimento e dar início ao tratamento adequado. O principal patógeno envolvido é a Escherichia coli, responsável pela maioria dos casos.
A medida padrão para cessar o quadro é o uso de antibiótico. Às vezes, pode-se indicar o uso de anti-inflamatórios ou analgésicos para aliviar a dor.
Além disso, recomenda-se mudar hábitos relacionados ao risco de reinfecção, como baixa ingesta hídrica, mania de segurar a urina, falta de higiene íntima e relações sexuais desprotegidas. No mais, deve-se comparecer às consultas médicas periódicas e realizar os exames de rotina, pois isso permite identificar alterações precocemente, ainda assintomáticas, antes que se agravem.
Esperamos que suas dúvidas sobre infecção do trato urinário tenham sido esclarecidas. Se suspeitar da doença e estiver em Osasco, SP, conte com a equipe da Urologia Vida para investigar e tratar o quadro adequadamente.
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