O procedimento de vasectomia é uma cirurgia que interrompe a circulação dos espermatozoides, ou seja, impede que o homem tenha filhos, ou seja, um método contraceptivo muito mais eficaz.
Vale destacar, nesse contexto, que a vasectomia não é um método de anticoncepção, como o DIU e pílula, uma vez que essas técnicas são temporárias. O procedimento de vasectomia é esterilizante, já que é considerado um método, na maioria dos casos, permanente. Então, por que existe a reversão da vasectomia?
Neste artigo, você consegue entender mais sobre esse procedimento e os mitos e verdades sobre o assunto. Boa leitura!
A vasectomia é reversível?
Existem muitos motivos que podem levar um homem a mudar de ideia sobre ter filhos, um novo casamento, o desejo de ser pai novamente, chega a 6% o número de indivíduos que acabam por repensar o procedimento de vasectomia.
Contudo, mesmo sendo possível, é importante frisar que a cirurgia de reversão é da competência do urologista, sendo um processo bem delicado e que requer muita atenção. Ainda assim, mesmo com o sucesso do procedimento, é possível que a gravidez não ocorra, em função da fertilidade do homem.
A partir do momento que o homem realiza o procedimento de vasectomia, quanto mais o tempo passa, mais seu potencial de fertilidade vai diminuindo — por esse motivo, existe uma lei para a realização da vasectomia. A Lei 9.263, publicada em 1997 pelo Diário Oficial da União informa que o procedimento de vasectomia só pode ser realizado em homens maiores de 25 anos ou com pelo menos dois filhos vivos.
O procedimento também pode ser realizado onde a gravidez do cônjuge gere algum tipo de risco de vida. Por isso, somente nesses casos, a legislação brasileira permite que a vasectomia seja realizada com a ausência de filhos.
Como o procedimento de vasectomia é feito?
A vasectomia é uma pequena operação realizada em regime ambulatorial, sem a necessidade de internação, no qual o médico aplica anestesia local ou sedação. Nesse procedimento, o ducto deferente, canal que leva os espermatozoides dos testículos para a uretra, é interrompido.
São feitas duas incisões locais, uma em cada lado do saco escrotal, para que o especialista tenha acesso ao canal. No geral, essa cirurgia leva aproximadamente de 15 a 20 minutos e não afeta em nada a vida do homem. Ele continua ejaculando normalmente, uma vez que a maioria do esperma provém das vesículas seminais e próstata. A única diferença é que não há presença dos espermatozoides para completar a fecundação na mulher.
Após a cirurgia, o paciente já está liberado para voltar para casa, assim como seguir suas atividades normais. Contudo, é recomendado permanecer utilizando um método anticoncepcional, além de preservativos, por pelo menos 60 dias, pois é comum que alguns espermatozoides fiquem vivos dentro do canal.
Mitos e verdades sobre o procedimento de vasectomia
Mesmo sendo um procedimento conhecido e bastante realizado, ainda existem muitas inseguranças a respeito da vasectomia, assim como especulações. Os questionamentos sobre os possíveis riscos à saúde do homem submetido ao procedimento de vasectomia não param e a Internet está cheia de informações, muitas vezes falsas.
Por isso, separamos alguns mitos e verdades sobre a vasectomia. Confira a seguir.
O procedimento de vasectomia faz mal à saúde?
Não! Isso é um mito. A vasectomia não causa nenhum problema de saúde ao homem! Ocorre que, como qualquer cirurgia, ela possui riscos e problemas, que geralmente consistem em: dor no local da cirurgia, hematoma escrotal, sangramento e, em alguns casos, infecção.
Diminui o prazer sexual ou causa impotência sexual?
Outro mito referente ao procedimento de vasectomia. A cirurgia realiza apenas o bloqueio dos canais deferentes, impedindo a passagem dos espermatozoides, ou seja, não interfere na alteração da libido ou desempenho sexual.
Logo após a vasectomia, a parceira pode engravidar.
Sim! Isso é possível, uma vez que, após o procedimento, alguns espermatozoides ficam vivos no ducto deferente. Então, se o casal tiver relações sexuais desprotegidas, nesse momento, é possível que ocorra gravidez.
Previne doenças sexualmente transmissíveis
Não! A vasectomia não previne nenhum tipo de doença sexualmente transmissível. Esse é um procedimento voltado apenas para o bloqueio da reprodução, portanto, o uso de preservativos deve continuar.
O espermograma é um exame fundamental a ser feito antes de eliminar completamente os métodos contraceptivos.
Verdade! Como ainda podem existir espermatozoides dentro do canal deferente, é importante a realização do espermograma. Dessa forma, é possível checar a ausência de espermatozoides no volume ejaculado, confirmando o sucesso do procedimento. Até que o exame seja realizado, é recomendado continuar o uso de preservativos e anticoncepcionais.
Esperamos ter esclarecido os mitos e verdades sobre o procedimento de vasectomia. Quer acompanhar mais conteúdos como esse? Então acesse o blog da Urologia Vida e nos siga também nas redes sociais, Instagram e Facebook. Nossa equipe está sempre preparada para tirar suas dúvidas.