Excesso de carne vermelha causa insuficiência renal?

Excesso de carne vermelha causa insuficiência renal?

excesso de carne vermelha (de boi, porco, cordeiro, entre outras) na rotina alimentar aumenta o risco de desenvolver problemas renais. Isso porque, em grande quantidade, as proteínas sobrecarregam o funcionamento dos rins. Em pessoas com histórico familiar de nefropatias ou com doenças renais pré-existentes, o perigo é ainda maior.

Neste artigo, reunimos importantes informações a respeito. Além disso, mostramos como se alimentar corretamente e prevenir complicações, tanto nos rins como em outros órgãos e sistemas. Continue a leitura e confira!

Por que o excesso de carne vermelha faz mal para a saúde renal?

As carnes vermelhas são essenciais para a saúde, pois são boas fontes de nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. As últimas, especificamente, atuam na formação das células e renovação dos músculos e tecidos.

No entanto, esse processo leva à produção de ureia, um composto químico produzido pelo fígado. Acontece que o excesso de excreção de ureia (resultante do metabolismo das proteínas ingeridas) sobrecarrega os rins, elevando a taxa de filtração glomerular (TFG). Sem uma hidratação adequada, isso leva à formação de cristais de ácido úrico, aumentando o risco de cálculos (pedras nos rins) e outros problemas.

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Assim, é possível afirmar que o excesso de carne vermelha está associado ao desencadeamento de doenças renais. Inclusive, sem o devido tratamento, o quadro tende a evoluir, levando à insuficiência renal.

Como ingerir proteínas de maneira saudável e equilibrada?

Como mostrado, o excesso de carne vermelha aumenta o risco de desenvolver complicações renais, além de doenças cardiovasculares, câncer colorretal e muitas outras. Para prevenir problemas, recomenda-se seguir uma dieta equilibrada e individualizada, considerando:

  • a idade;
  • o estilo de vida;
  • a presença de distúrbios ou doenças;
  • o histórico clínico pessoal e familiar.

De acordo com o Ministério da Saúde, para pessoas saudáveis (com função renal normal), o consumo de carne vermelha deve ser inferior a 500 gramas por semana. Além disso, o tipo de preparo também é importante, devendo ser cozida, assada ou ensopada. No mais, prefira sempre carnes in natura e evite as processadas (embutidos em geral),por serem ricas em sódio.

Já para pacientes com doença renal crônica (DRC) em estágio inicial, que não necessitam de suporte renal artificial (SRA),a recomendação é outra. Nesses casos, indica-se limitar o consumo diário a 0,6 a 0,8 grama de proteína por quilo de peso corporal, visando retardar a evolução da doença renal.

E para aqueles com DRC que precisam de SRA, indica-se limitar o consumo a 1 a 1,2 gramas de proteínas por quilo de peso. Mas, vale reforçar que a recomendação ideal é sempre individualizada, considerando as condições de cada paciente.

Que tipo de alimentação ajuda a proteger a saúde dos rins?

Boa parte da população brasileira é adepta da dieta carnívora — o que, por si só, não traz maiores problemas. As complicações, como mostrado, ocorrem em função do excesso de carne vermelha (e também processada). Além disso, por ocupar um grande espaço nas refeições, muitas vezes, outros alimentos importantes acabam ficando de fora ou sendo ingeridos em quantidade insuficiente.

Felizmente, é possível ajustar os hábitos alimentares, visando a prevenção dos distúrbios renais e outras doenças, bem como o bem-estar geral. Para a população saudável, recomenda-se variar as fontes de proteínas, dando preferência às carnes magras (de frango, porco e peixe),ovos e laticínios. Além disso, a alimentação deve ser bem variada, composta por grãos, cereais integrais, legumes, verduras e frutas, e acompanhada de ingestão de água adequada.

No caso de portadores de doenças renais em tratamento conservador, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN),em geral, recomenda uma dieta convencional com restrição de proteínas. Algumas vezes, entretanto, é necessário seguir uma dieta muito restrita em proteínas (a chamada cetodieta),suplementada com aminoácidos essenciais e cetoácidos.

Já para pacientes com insuficiência renal, a ingestão de proteínas pode ser maior do que no tratamento conservador, pois a perda proteica durante a diálise é significativa. Ainda assim, é preciso respeitar diversas restrições alimentares, indicadas pelos médicos.

Mas, atenção: antes de iniciar uma dieta ou consumir suplementos alimentares, faça um check-up médico para descartar a presença de alguma doença renal preexistente. Afinal, como mostrado, o excesso de carne vermelha por pessoas com esse quadro é ainda mais perigoso.

Ficou com alguma dúvida? Sem problemas: entre em contato para que a equipe da Urologia Vida, clínica especializada localizada em Osasco, na região da Grande São Paulo, possa ajudar. Estamos à sua disposição!

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