A bexiga hiperativa é uma condição comum do trato urinário que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), ela é caracterizada pela súbita necessidade de urinar e pela perda de controle da bexiga.
Essa condição é capaz de impactar significativamente a vida das pessoas, uma vez que resulta em contrações involuntárias e repentinas da bexiga, mesmo quando a quantidade de urina na bexiga é baixa, causando uma sensação de urgência urinária intensa.
Sintomas da bexiga hiperativa
A bexiga hiperativa causa sintomas incômodos e prejudiciais à função urinária. Os sintomas mais comuns incluem urgência urinária, frequência aumentada, incontinência urinária e, em alguns casos, noctúria, conhecida como incontinência urinária noturna.
Definida como uma sensação repentina e intensa de necessidade de urinar, a urgência urinária pode, muitas vezes, ser acompanhada por uma sensação de pressão na região da bexiga. Essa urgência pode ocorrer mesmo quando a quantidade de urina na bexiga é pequena, como dito antes, levando a episódios frequentes de corridas ao banheiro.
Ainda segundo a SBU, essa urgência costuma ser o principal sintoma do problema, afinal, a bexiga hiperativa pode levar a um aumento da frequência urinária, com uma necessidade de urinar mais de oito vezes ao longo do dia. Isso pode interferir nas atividades diárias e causar desconforto, pois a pessoa sente a necessidade constante de esvaziar a bexiga.
A incontinência urinária também é um sintoma comum, uma vez que a perda de urina pode ocorrer durante episódios de urgência urinária, sendo bastante embaraçoso para algumas pessoas, além de afetar a autoestima e a qualidade de vida.
Já a noctúria, outro sintoma frequente, a pessoa costuma acordar uma ou mais vezes por noite para urinar, interrompendo o sono e causando distúrbios no padrão de descanso. Isso pode resultar em fadiga e cansaço durante o dia. Contudo, é importante destacar que cada indivíduo pode apresentar uma combinação única desses sintomas, variando em intensidade e impacto na qualidade de vida.
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico da bexiga hiperativa é clínico, baseado em uma avaliação médica completa e pode envolver diferentes etapas. O primeiro passo é uma conversa detalhada entre o médico e o paciente para compreender os sintomas e a história clínica.
Informações sobre a frequência urinária, a presença de urgência urinária e a ocorrência de incontinência são essenciais para o diagnóstico correto. Além disso, o médico pode solicitar exames complementares para descartar outras condições e avaliar o funcionamento da bexiga.
Exames de urina podem ser realizados para verificar a presença de infecções urinárias ou outras alterações. A ultrassonografia da bexiga, por exemplo, pode ser utilizada para avaliar a sua anatomia e o volume de urina residual após a micção.
Em alguns casos, o médico pode recomendar exames mais especializados, como a urodinâmica, procedimento que avalia a função da bexiga e mede a pressão do músculo da bexiga durante o enchimento e a micção. Isso pode fornecer informações valiosas sobre o comportamento da bexiga e auxiliar no diagnóstico da bexiga hiperativa.
É importante ressaltar que o diagnóstico da bexiga hiperativa é feito por exclusão, ou seja, descartando outras possíveis causas dos sintomas. Portanto, é fundamental consultar um médico especialista em urologia para obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado.
Principais tratamentos
Existem várias opções de tratamento para a bexiga hiperativa, no entanto, a melhor abordagem dependerá das necessidades individuais de cada paciente. De modo geral, o principal objetivo dos tratamentos é reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Segundo as diretrizes da Associação Americana de Urologia, o tratamento da bexiga hiperativa deve seguir três linhas de abordagem. A primeira consiste em medidas comportamentais, como treinamento vesical, estratégias de controle urinário, gerenciamento da ingestão de líquidos e exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico.
Essas medidas são recomendadas para todos os pacientes como parte inicial do tratamento. Já a segunda linha de tratamento consiste na utilização de medicamentos, podendo ou não estar associados às medidas comportamentais citadas anteriormente.
A terceira linha de tratamento é considerada quando os sintomas persistem após 8 a 12 semanas de tratamento comportamental ou 4 a 8 semanas de uso medicamentoso. Nesses casos, é indicado o uso de injeção de toxina botulínica tipo A no músculo detrusor. No entanto, é importante frisar que essa opção só é considerada quando as outras abordagens não são eficazes.
Essas linhas de tratamento são guiadas por diretrizes estabelecidas e devem ser adaptadas individualmente a cada paciente. É importante consultar um urologista para obter uma avaliação adequada e receber a melhor opção de tratamento, de acordo com o estágio da doença e as características do paciente.
A bexiga hiperativa é uma condição comum que afeta muitas pessoas em todo o mundo, mas com o diagnóstico correto e o tratamento adequado, é possível controlar e gerenciar a bexiga hiperativa de forma eficaz.
Lembre-se de buscar acompanhamento urológico para receber cuidados especializados e personalizados. Se precisar, conte com a Urologia Vida, em Oscasco/SP. Não hesite em agendar uma consulta para obter orientação e tratamento adequados para o seu caso.